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(Sol e chuva)

Ás 5 horas da tarde o morro quase desapareceu entre as nuvens. Mesmo com os raios e trovoadas, não deu para resistir. Tirei a foto!

(Lua e estrela)

Lindo demais! Mesmo às 5 horas da manhã não deu para resistir. Tirei a foto e voltei a dormir!

(Nuvens e chuva)

Quando a paisagem é bonita, a foto fica linda mesmo sem sol!


(Imagem de meninos)


 Imagem de meninos índios
- © Lenise M. Resende -
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O artista italiano Leonardo da Vinci, disse: "A arte diz o indizível, exprime o inexprimível, traduz o intraduzível". Lembrei dele quando vi a imagem de dois meninos brincando na água. Não fosse a informação do autor, não seria possível saber que os dois meninos azuis são índios, isto é, de raça amarela.

Eles brincam na água amarela - seria efeito da poluição ou o brilho do sol? - e meu senso de realidade indaga se ela não deveria ser azul. O autor da foto parece ter invertido as cores reais e criado uma nova realidade.

Fossem as cores novamente alteradas, para adequar-se a imagem que tenho de meninos índios brincando na água, o que aconteceria? Certamente a foto não seria tão bela, os indiozinhos continuariam vestidos de camiseta e bermuda e a água seria de qualquer cor, mas continuaria poluída.

Diante de uma obra de arte é melhor silenciar outras vozes e ouvir apenas o indizível, o inexprimível e o intraduzível. Assim, calo-me respeitosamente diante dessa imagem.
 
*  *  *
Lendo e Relendo

(Exercício literário)


Exercícios literários com imagens
- © Lenise M. Resende -

Gosto demais dos exercícios com imagens e dos dias em que devem ser enviados. Quando deixo de fazê-los é por algum problema meu, pessoal. Só que, muitas vezes, gosto das imagens, mas não consigo escrever sobre elas. Várias vezes, a inspiração, só vem depois que leio os textos que outros escreveram. O que leio, me estimula a escrever. E, o que escrevo, então, sobre a imagem, pode ser completamente diferente do que já li. Parece que ler outros exercícios, destrava minha mente.

Muitas pessoas não gostam do chamado Varal, exercício em que uma imagem é enviada para um grupo, onde cada um deve escrever um poema inspirado nela. Não gosto é da limitação de escrever sete versos. Ampliando a liberdade de criação, fica mais prazeiroso. Se, a partir da imagem, for permitido escrever prosa, poesia e até mesmo poetrix, o resultado costuma ser surpreendente.

Ao fazer exercícios literários, não perdemos nossa naturalidade, como alguns escritores receiam. Ganhamos em rapidez de raciocínio. Deixamos aflorar coisas que estavam guardadinhas lá no fundo da mente. Ganhamos espontaneidade e, somos originais, ao escrever sobre cobra quando todos viram um ET (extra-terrestre) numa imagem. Uma imagem só, gera mil e uma interpretações.

Saímos um pouco do nosso mundo interno porque, sem perceber, ficamos presos a temas. Pessoalmente, considero um ganho escrever sobre algo que é totalmente novo pra mim. Gosto de novidades e desafios. E, graças ao estímulo dos exercícios, aprendi a escrever minicontos. Ninguém pode imaginar a alegria que sinto ao escrevê-los.

Ter um prazo para escrever, nem sempre é ruim. Pode estimular. Sem prazo, muitas vezes pensamos: - Para que vou escrever isso hoje? Escrevo amanhã! - E, um mês depois, ainda não escrevemos nada.

Sou mil vezes grata, por ter me descoberto capaz de escrever coisas que não sabia que tinha capacidade.